LPC - Laboratórios e vacinas

Recentemente foram definidas pelas Sociedades Brasileiras de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Cardiologia (SBC), Endocrinologia (SBEM) e Análises Clínicas (SBAC) mudanças nas orientações de jejum para coleta de exames laboratoriais.

Tais mudanças foram propostas após algumas constatações:

O estado alimentado predomina durante a maior parte do dia, em comparação com o estado de jejum, representando mais eficazmente seu potencial de impacto no risco cardiovascular.
A coleta no paciente alimentado é mais segura em diversas situações, reduzindo o risco de acidentes e intercorrências, seja no paciente com diabetes mellitus usando insulina, nas gestantes, nas crianças ou nos idosos.
As determinações do colesterol total e suas frações não diferem significativamente se realizadas após uma refeição ou no estado de jejum. Há aumento nos níveis de triglicerídes no estado alimentado, porém, este aumento é pouco relevante desde que se considere uma refeição usual não sobrecarregada em gordura.
Com os avanços tecnológicos nas metodologias diagnósticas, os principais ensaios disponíveis não sofrem interferências da alimentação.

Conforme tais recomendações, os laboratórios não precisarão mais exigir jejum para realização da maioria dos exames. Tal orientação fica a critério do médico assistente, que poderá estabelecer o tempo de jejum do seu paciente.

Em situações clínicas específicas, em que as concentrações de triglicérides são extremamente elevadas (triglicérides acima de 440 mg/dL), cabe ao médico assistente, que poderá estabelecer o tempo de jejum do seu paciente.

Em relação à Glicemia, mantém-se a necessidade de 8h de jejum. Já para a Hemoglobina Glicada, não há necessidade da realização prévia do jejum.

Tais medidas visam otimizar a experiência dos pacientes no laboratório, ampliando os horários de coleta e facilitando a realização dos exames em horários mais confortáveis.

Referências: